Sempre estivemos lá. Desde os primeiros shows estávamos, mesmo que de uma maneira tímida, compartilhando o sentimento com alguma outra pessoa que havíamos acabado de conhecer. Estávamos ali ouvindo um som novo, envolvente. Algo que se expandia além de balançar a cabeça para um lado ou outro. Algo muito além da música. Algo que só poderia ser definido como arte. Muitas coisas foram registradas ao longo desses sete anos após o início da turnê do Admirável Chip Novo. São Sete anos de amizades feitas, desfeitas. Relacionamentos que começaram no tempo de "Equalize" e desfizeram em "Me Adora". Copos que se encherem na velocidade de "Trapézio" e tombaram em "Semana que vem". Não há como saber quantos somos, como somos e quem somos. São vozes que ficam ecoando por aí timidamente em seus players ou totalmente destruidoras nos seus sons com watts e mais watts de potência. Aqui não há intenção de se traduzir a história de cada um, pois tecnicamente seria impossível. Aqui é apenas um caminho simples, singelo de tentar mostrar o outro lado. São vidas que foram transformadas. Não transformadas pela Pitty, mas por cada um que se permitiu transformar através dos pequenos empurrões que as músicas foram fazendo ao longo dos anos.
Willian Fortes
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