14 julho 2011

Martin fala sobre o projeto "Martin & Eduardo" e seleciona grandes nomes e momentos do rock

Martin Mendonça é guitarrista. Mais do que isso. Martin é o guitarrista da banda da Pitty, uma das figuras mais importantes da última geração de roqueiros surgidos no Brasil. Mas esse não é o único projeto do cara. Ao lado de Duda - que é seu companheiro de banda, assim como Pitty -, Martin formou a dupla Martin & Eduardo. Nome simplório, sonoridade nem tanto. O primeiro disco do duo, Dezenove Vezes Amor, lançado ano passado, traz diversas músicas compostas por Martin ao longo dos anos.

Além do Martin & Eduardo, o guitarrista mantém, ao lado de Pitty, outro projeto paralelo chamado Agridoce. Ambos estão em hiato por conta de uma série de shows que Pitty vai fazer nos Estados Unidos nos próximos meses. Mas Martin garante que entra em estúdio em setembro para a gravação do segundo disco do Martin & Eduardo, que deve ser lançado até o final do ano.

Na semana do Dia Mundial do Rock, comemorado na próxima quarta, dia 13, Martin fala sobre Pitty, outros projetos musicais e elege seus grandes ícones roqueiros do Brasil e do mundo.

Como surgiu a ideia de criar o projeto Martin & Eduardo?
Eu ia escrevendo e gravando isso num estúdio que eu tenho aqui em casa. Mostrei isso para a Pitty e ela falou: "isso é massa e não consigo imaginar outra pessoa cantando que não seja você". Quando eu consegui juntar um montante razoável, por volta de 10 ou 12 músicas, resolvi gravar. Não sabia o que eu queria fazer ainda, mas sabia que eu queria fazer com o Duda, pelo baterista que ele é, e também para dividir a produção com ele, porque nós temos uma dinâmica de trabalho que funciona muito bem. E conforme o disco foi tomando corpo, a coisa virou nossa. E eu pessoalmente não estava com vontade de lançar um disco solo, não era uma ideia muito simpática na época. Então a gente resolveu fazer essa dupla e lançar o disco de forma despretensiosa e balsâmica.

E o nome do projeto, como surgiu?
A ideia foi do Duda. A gente estava querendo batizar o projeto, mas não conseguíamos chegar a lugar nenhum. A gente conversou e chegou a conclusão que nome de banda é uma merda, a gente só gosta do nome depois que a gente gosta da banda. E aí nós começamos a simpatizar com esse nome. No final, Martin & Eduardo é uma espécie de anti nome. Ele não é o nome da banda, é simplesmente uma descrição. E é isso. A piada é que somos uma dupla sertaneja.

E como que a Pitty encara o projeto?
Eu sempre mostrei o que eu escrevo para ela, confio no bom gosto dela e até porque é legal ter um olhar exterior. E ela sempre me deu a maior força, foi minha treinadora de vocal, me deu vários toques, foi massa. Nos primeiros shows do projeto ela foi discotecar. O Martin & Eduardo nos enriqueceu muito, profissionalmente falando. O próximo disco da Pitty vai ter muitos benefícios recorrentes dessa experiência. O show do Martin & Eduardo é uma aventura. Depois que eu comecei a fazer, os shows da Pitty ficaram muito melhores pra mim. Ter essa interface de comunicação com o público é muito difícil. E eu fico morrendo de saudades de voltar para o lugar que eu faço melhor as coisas.

Fonte: ObaOba.com.br

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